
Um pouco sobre a Clínica Psicanalítica
DETALHES QUE IMPORTAM
O principal instrumento de trabalho de um psicanalista é a sua própria mente. Por isso, além de muita leitura, estudos e supervisão com analistas mais experientes é fundamental e inegociável que o profissional que se dispõe ao ofício da Psicanálise já tenha sido analisado (e volte a fazer análise quantas vezes sentir necessidade). Um analista é, principalmente, produto de seu próprio percursso analítico, onde pôde se perceber no processo do inconsciente e fez importantes transformações em si, harmonizando-se internamente.
Com relação a prática clínica, o método por excelência da Psicanálise é conhecido como Associação Livre. Funciona assim: o analisante é convidado a falar à vontade o que lhe ocorre durante o tempo da sessão, sem preocupar-se se há ou não algum encadeamento lógico no que lhe vem à mente. Para catalisar o estado de relaxamento da pessoa em análise e auxiliá-la no processo de compartilhar seus diversos pensamentos, sentimentos e sensações naquele instante, sem censuras ou constrangimentos, temos o icônico divã psicanalítico. Sem qualquer mística, esse móvel é um recurso para que a análise aconteça de forma mais confortável. Quando se está nele, o sujeito se desprende de olhares e expressões externas a si e também do tempo, possibilitando a mais livre manifestação do inconsciente. Porém, algumas pessoas resistem mais ou menos ao uso do divã e está tudo bem. Ele será usado apenas se e quando o analisante sentir-se bem e confiante para ocupá-lo. Por outro lado, quando esse recurso é usado, o analista também sente mais liberdade e conforto para realizar a sua função. De todo modo, cabe ao profissional respeitar o tempo e as condições de uso do divã pelo analisante e sempre praticar sua escuta qualificada para auxiliar a pessoa em análise a escutar-se também. É a partir desse trabalho, bastante sensível e artesanal, que vamos criando condições para reflexões e transformações rumo ao desenvolvimento interno e à expansão mental do analisante. Por último, mas não menos importante, destaco que um psicanalista trabalha a partir de uma ética, com discrição e sigilo.
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